“Soube do Prêmio por meio do Facebook. Vi que o tema era ensino superior e lembrei que havia escrito uma reportagem ligada ao assunto quando estagiário do Correio Braziliense. A motivação foi ter meu trabalho reconhecido, mas, sobretudo, financeira, já que estava a um passo do fim da faculdade, sem renda fixa e com planos de intercâmbio e pós-graduação, que me custariam um investimento inicial.
Sugeri a pauta para um editor do jornal, que aprovou e meu deu algumas sugestões. De um modo geral, tudo correu tranquilamente. A reportagem levou uma semana para ficar pronta, pois havia outras demandas que eu tinha de conciliar. O que mais levou tempo foi ouvir com detalhes as histórias dos alunos entrevistados. Essa não havia sido minha primeira reportagem sobre educação. Já havia escrito outras duas, uma sobre corte do orçamento dos institutos federais para 2017 e a outra sobre atrasos na entrega de passe livre para estudantes do DF.
Recebemos muitos comentários de seguidores da página do Correio Braziliense no Facebook relatando histórias parecidas com as da reportagem. Histórias na primeira e terceira pessoas.
Acho que fiscalizar é apenas uma das várias missões do jornalismo e dos jornalistas. Também devemos estar atentos às questões sociais e problematiza-las com o máximo de rigor possível, abrindo espaço de fala para pesquisadores das mais variadas ou principais correntes, estudos e tudo aquilo que possa agregar à discussão que a reportagem pretende fazer.
Prêmios assim estimulam a produção de conteúdo e é uma forma de reconhecer o trabalho árduo que repórteres têm para produzir conteúdo de qualidade, marcado por muita persistência, muitos "nãos" e, sobretudo, amor à profissão!”
Tainan Pimentel é jornalista do Correio Braziliense, vencedor da categoria Internet Regional com a reportagem “Falhas no ensino médio dificultam a vida de jovens em universidades do país”.