Valorizando o papel da imprensa no fortalecimento da Educação Superior Brasileira

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Reportagem sobre tecnologia social desenvolvida pela UEPB é finalista de prêmio nacional de jornalismo

17/07/2019 | Por: UEPB | 1828

Os trabalhos de impacto social desenvolvidos pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) têm se destacado cada vez mais e chamado a atenção por sua relevância e aplicabilidade capazes de transformar realidades. Uma dessas iniciativas é o projeto “Dessalinizador solar”, coordenado pelo professor Francisco José Loureiro Marinho do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais (CCAA), integrado ao Núcleo de Extensão Rural Agroecológica (NERA) e que tem como parceiro a Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção (COONAP).

No último mês de maio, o trabalho foi noticiado nacionalmente, em reportagem da TV Cultura, com coprodução da TV Itararé. A importância do tema veiculado levou a reportagem a ser selecionada para concorrer ao 3º Prêmio ABMES de Jornalismo, iniciativa da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior que premia reportagens nas categorias TV Nacional, TV Regional, Rádio Nacional, Rádio Regional, Impresso Nacional, Impresso Regional, Internet Nacional e Internet Regional. A reportagem “Tecnologia Social desenvolvida por universidade transforma a vida de agricultores na Paraíba” concorre na categoria “TV Regional”.

Trabalharam na elaboração da matéria os profissionais Bruno Faustino, Wilton Gomes, Rayanne Araújo e José Edgley Gaudino. A tecnologia social noticiada envolve o processo de dessalinização/desinfecção da água no interior do dessalinizador solar quando as altas temperaturas provocam a evaporação da água, a qual entra em contato com a superfície (de vidro) resfriada e condensa, voltando ao estado líquido, sem os sais ou contaminantes antes existentes na água.

O dessalinizador, além fornecer água potável para agricultores de comunidades dispersas do semiárido, proporciona significativa economia de energia elétrica se for correlacionado à produção de água dessalinizada através de energia solar e através do processo de osmose reversa, além da redução de gases que provocam efeito estufa advindos dos caminhões que transportam água para as comunidades rurais. O modelo consiste em uma caixa construída com placas pré-moldadas de concreto, com cobertura de vidro, que possibilita a passagem da radiação solar. Com isso, aumenta-se a temperatura dentro do dessalinizador, fazendo com que ocorra a evaporação da água armazenada em uma lona encerada (“lona de caminhão”). 

Conforme destacado na reportagem da TV Cultura e da TV Itararé, o dessalinizador solar é uma tecnologia social de que tem proporcionado inúmeros benefícios socioeconômicos e ambientais, tem baixo custo de implantação e manutenção, possibilita segurança hídrica através do fornecimento de água potável, promove a transformação social frente a gestão dos recursos hídricos locais, utiliza a energia solar (limpa e renovável) para a promoção de água potável, além de possibilitar a convivência com o semiárido.

Trata-se de um equipamento de fácil construção, o que favorece sua disseminação social. Por ser de baixo custo, possibilita seu uso individual ou coletivo e não causa impactos ambientais. A ideia desenvolvida por alunos e professores da Universidade Estadual da Paraíba, segundo veiculado na matéria jornalística, está mudando a vida de agricultores do semiárido paraibano. Em 2017, o projeto da UEPB foi vencedor do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, na categoria Água e/ou Meio Ambiente, tendo concorrido com mais de 700 propostas.

O Prêmio ABMES
O Prêmio ABMES de Jornalismo visa incentivar que a imprensa produza reportagens e matérias que abordem a educação superior no Brasil, por acreditar que o crescimento e o desenvolvimento da cobertura jornalística especializada contribuem para a busca de melhoria permanente do setor educacional, além do progresso do país, gerando benefícios sociais, políticos, econômicos e culturais para todas suas regiões.

A iniciativa das mantenedoras pretende, ainda, que as reportagens participantes sirvam de estímulo para a discussão aprofundada dos programas sociais ligados ao setor, como Fies, ProUni e Pronatec. Ao debater estes programas, a ABMES reforça a importância do papel social estimulado por suas associadas. Os finalistas desta terceira edição foram selecionados por uma comissão julgadora composta por três membros imortais da Academia Brasileira de Letras (ABL): o educador, jornalista e escritor Arnaldo Niskier; o advogado, jornalista, professor, ensaísta e poeta Marcos Vilaça; e o jornalista Merval Pereira. Os 24 trabalhos finalistas concorrem a prêmios em oito categorias. Ao todo, serão distribuídos R$ 100 mil aos vencedores.

O anúncio dos vencedores será feito em cerimônia no dia 6 de agosto, a ser realizada em Brasília (DF), que também celebrará os 37 anos da ABMES. A reportagem completa pode ser conferida no link https://www.youtube.com/watch?v=SrX_v3if6qU&feature=youtu.be.